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SETOR MINERAL CRESCE 98% NO 1º SEMESTRE DE 2021

A indústria mineral brasileira registrou faturamento de R$ 149 bilhões no primeiro semestre deste ano, 98% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), entidade que reúne as maiores mineradoras que atuam no país.

Isso significa um crescimento de 98% em comparação com o mesmo período em 2020. Dessa forma, entre janeiro e junho do ano passado, o setor mineral conseguiu R$ 75,3 bilhões.

Na mesma base de comparação, o minério de ferro apresentou o maior crescimento (135%), alcançando R$ 107,5 bilhões. Já a bauxita – utilizada para a produção do alumínio – aparece em 4º lugar, com variação positiva de 13%, fechando com R$ 2,7 bilhões.

Segundo a entidade, o dólar subiu de R$ 4,92, no primeiro semestre de 2020 para, R$ 5,38 no mesmo período deste ano. Já a média de preços do minério de ferro mais que dobrou: variou de US$ 91,04 para US$ 183,43 a t. Outras commodities também tiveram aumento substancial: cobre (65,8%), alumínio (41%), estanho (76,7%) e níquel (41,05%).


Importações e exportações

O Brasil importou 21 milhões de toneladas de minérios no período analisado, com valor de US$ 3 bilhões, crescimento de 10% em toneladas na comparação ao mesmo semestre do ano passado.

Já as exportações tiveram elevação de 91%, passando de US$ 14,4 bilhões para US$ 27,6 bilhões neste ano. A bauxita chegou perto de 2,5 milhões de t, com valor de US$ 86,3 milhões, aumento de 20% no volume em relação ao igual período em 2020.

O saldo comercial de minérios, que é a diferença entre exportações e importações, mais que dobrou: 110,5%.

Tributos

O Ibram aposta em novo recorde da CFEM em 2021, superando os R$ 6,1 bilhões recolhidos ao todo no ano passado. “Continuando a demanda forte de minerais e os preços ficando no atual patamar, acreditamos que o CFEM pode fechar o ano com algo em torno de R$ 9 bilhões. E até ultrapassar esse valor, não seria surpresa”, diz Brumer.

Segundo a legislação, os royalties da mineração são distribuídos da seguinte forma: 10% para a União, 15% para o estado onde ocorre a produção, 15% para os estados afetados pela produção e 60% para o município onde ocorre a produção.

No grupo das dez cidades com as maiores arrecadações, três são do Pará: Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá. Todas as outras sete são de Minas Gerais: Conceição do Mato Dentro, Itabirito, Congonhas, Mariana, Itabira, Nova Lima e São Gonçalo do Rio Abaixo.

Perspectivas

A perspectiva para a indústria da mineração nos próximos anos é positiva, avalia o instituto. Cada vez mais estados abrem espaço para a expansão da mineração industrial sustentável e, com isso, atraem investimentos milionários de longo prazo, caso de Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais, entre outros.

Além disso, o próprio setor mineral tem avançado na implantação de novas estratégias relacionadas a boas práticas de ESG (respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e governança), o que impacta positivamente na recuperação da confiança da sociedade, após as tragédias com barragens anos atrás.

Fonte: adaptado dos sites “ABMBRASIL: Faturamento do setor mineral cresce 98% no 1º semestre de 2021”; “Agência Brasil: Setor mineral registra 98% de aumento no faturamento do 1º semestre”; “Revista Alumínio: Setor mineral tem alta de 98% em faturamento no primeiro semestre” e IG: “Setor mineral tem aumento de 98% no faturamento do primeiro semestre”