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INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO BRASILEIRA FOI DESTACADA PELA CONTRIBUIÇÃO À MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O que é a COP26?

Em termos simples, a COP26 é a maior e mais importante conferência sobre o clima do planeta. Em 1992, as Nações Unidas organizaram um enorme evento no Rio de Janeiro, a Cúpula da Terra, quando foi adotada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).


COP-26 E A INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO

Durante a Conferência, que terminou no mês de novembro, em Glasgow, Escócia, a indústria do alumínio brasileira
foi destaque com dois cases que comprovam a colaboração com as metas de sustentabilidade e redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

O sucesso da reciclagem de latas para bebidas, cujo índice histórico de 97% do total da produção posiciona o país
entre os líderes mundiais — à frente dos Estados Unidos, com 60%, e Europa, com média de 67% — foi apresentado durante o evento pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), por sua vez, mostrou como a sua refinaria de óxido de alumínio
(alumina), localizada na cidade de Alumínio, no interior de São Paulo, tornou-se uma das primeiras do mundo a ter
100% de capacidade de produção de vapor originado de uma caldeira de biomassa.

Os esforços promovidos por empresas que atuam na cadeia produtiva, da mineração à reciclagem, vão ao encontro
dos caminhos necessários para alinhar-se aos objetivos do Acordo de Paris, conforme divulgado pelo International
Aluminium Institute (IAI) na COP-26.

No relatório recente ‘Aluminium GHG Pathways to 2050’, a entidade internacional traz três abordagens principais
para a redução de GEE no setor:

● Descarbonização da eletricidade consumida;
● Diminuição das emissões diretas;
● Eficiência de recursos.
● Energia

Atualmente, mais de 60% das emissões de 1,1 bilhão de t de dióxido de carbono equivalente (CO2e) no setor do
alumínio, segundo dados de 2018, são provenientes da eletricidade consumida durante o processo de fundição. As
oportunidades para reduzi-las a quase zero até 2050 estão na geração de energia descarbonizada e na adoção da
captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês).

Nesse contexto, o Brasil está à frente dos demais países. Com matriz elétrica essencialmente limpa e renovável,
somada aos investimentos das indústrias do segmento em autoprodução de energia e em tecnologias para garantir
maior eficiência, o alumínio brasileiro tornou-se um dos mais competitivos em relação à pegada de carbono.

Emissões diretas

O segundo caminho indicado pela IAI passa pela redução das emissões do processo (15% do total da indústria) e do
combustível a combustão (mais 15% do total da indústria). Isso requer investimentos em novas tecnologias, como
ânodos inertes para o processo, e em eletrificação, troca de matrizes energéticas, uso de hidrogênio verde e adoção do CCUS.

No contexto nacional, há iniciativas de mudança nos sistemas de abastecimento das refinarias de combustível à base de óleo diesel para outras fontes de energia, como gás natural, hidrogênio e biomassa, os quais podem baixar as emissões em até 600 mil t em uma única unidade produtiva.

O projeto da CBA destacado na COP-26, que conta com a parceria da ComBio Energia e investimento de US$ 30
milhões, substitui duas caldeiras que funcionavam a partir da queima de óleo ou gás natural por uma unidade de
produção a vapor (UPV) à base de biomassa (cavaco de madeira de eucalipto advindo de área de reflorestamento).

Em 2020, essa iniciativa reduziu as emissões em 163 mil t de CO2e na atmosfera — há potencial de chegar a 202 mil t em 2021. Em relação à intensidade, as emissões — que eram de 0,55 t de CO2e para cada t de alumina produzida — caíram para 0,31 t no ano passado. O volume é bem inferior à média global, de 1,21 t CO2e.

“A refinaria apresentou redução de 43% nas emissões de GEE na comparação entre os resultados de 2019 e 2020.
Hoje, temos uma das menores pegadas de carbono do mundo para alumina”, afirma Leandro Faria, gerente-geral de
Sustentabilidade da CBA.

Na visão do executivo, o resultado mostra que os investimentos em uma matriz energética mais limpa e sustentável
em todas as etapas de produção industrial podem gerar efeitos positivos para o meio ambiente.

“Isso não é benéfico apenas para a empresa, mas contribui para alcançar os resultados almejados no Acordo de
Paris de preservar o meio ambiente para as futuras gerações. A mudança também é benchmark para que outras
empresas adotem iniciativas relevantes como essa, contribuindo ativamente para o combate às mudanças climáticas”, explica Faria.

Fonte: adaptado do site “Revista Alumínio – COP-26: indústria do alumínio brasileira é destaque no evento pela contribuição à mitigação das mudanças climáticas” e “Nações Unidas – Brasil – Guia para a COP26: O que é preciso saber sobre o maior evento climático do mundo”